05 dezembro 2013

Atenção ao Ensino Médio



Não é de hoje que ouvimos falar no baixo rendimento do ensino médio. O índice do IDEB de 2011 revela que o índice nacional cresceu apenas 0,1, o que significa que atingiu a meta de 3,7. Porém, se continuarmos nesse ritmo para chegarmos ao índice tão sonhado de 6,00, levaremos mais de quarenta anos!
Precisamos de uma grande mobilização por essa etapa, pois uma educação de qualidade nessa fase pode contribuir consideravelmente, ainda, no desenvolvimento integral do indivíduo (não vamos falar aqui apenas de carreira profissional, pois apesar de ser importante não é e nem deve ser o único foco de formação do aluno).
O governo tem feito movimentos, entretanto sabemos que há, principalmente, muitos interesses políticos. Fiquemos de olho:

Foi lançado pelo ministro da Educação, Aloízio Mercadante, o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio. Trata-se de uma formação continuada aos professores, que receberão R$ 200,00 por mês. Os encontros terão duração mínima de três horas e serão semanais. Serão entregues tablets aos educadores, que pelos mesmos consultarão os materiais pedagógicos. A proposta é discutir, na primeira etapa, os temas: sujeitos do Ensino Médio; Ensino Médio; currículo; organização e gestão do trabalho pedagógico; avaliação e áreas de conhecimento e integração curricular. Na segunda, serão debatidas as áreas de conhecimento: ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática.
A formação continuada é importante, mas é parte do problema. Pela baixa remuneração professores suplementam suas cargas-horários, o que impedirá que muitos participem da formação. Não é por acaso que faltam professores!
O Ensino Médio possui, além de controvérsias quanto ao currículo, falhas na estrutura, valorização do profissional, etc. Está muito "jogado" mesmo!
Esse pacto foi tão mal divulgado, discutido entre os professores, que como saberão as reais necessidades dos mesmos?
Como atender necessidades de quem não se permitiu discutir tal tema?

Sempre que penso nisso tudo, na reforma da educação básica, transformação de ensino, etc. penso sim em formação continuada. Na verdade, em uma extensão da carga-horária, remunerada devidamente. Penso nos diálogos que podem ser estabelecidos entre ministros e representantes de quem está na sala de aula, está no mesmo chão que os educandos.
Se há falta de professores e se não há mudanças, a tendência é existir cada vez menos pessoas dispostas a se dedicarem ao ensino, pior será a formação inicial, e afundará mais ainda o sistema de ensino.

Enquanto não se ouvir, de fato, os educadores, que estão mais próximos dos alunos, não valorizá-los, dificilmente haverá grandes mudanças!


2 comentários:

  1. Interessante,porém, baixar o índice de evasão nas escolas, muitas vezes até devido a própria realidade do adolescente, cada dia mais nossos alunos por precariedade, carência extrema, precisam engrenar no mercado de trabalho com urgência, e as vezes sustentar ou ajudar a sustentar uma família que as vezes não se faz suficiente pela renda mensal dos pais. Uma pena e na minha humilde opinião uma desgraça para educação brasileira.O governo precisa começar a investir no que se diz educação, e preparação do discente.

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